
Um casal de namorados partilha o almoço, trocando olhares apaixonados e sorrisos comprometedores. O clima romântico é interrompido pelo passar de um grupo de crianças a jogar às escondidas e a correr, transpirando risos nervosos, com medo de serem descobertos. Param de repente para observar com entusiasmo e curiosidade um conjunto de pombos, cujas penas reluzem ao sol, que picam a relva em busca de migalhas de pão.
Um grupo de quatro indivíduos estrangeiros aproxima-se agora do espelho de água para observar os patos que nadam sobre o reflexo do céu azul. Tiram algumas fotografias à panóplia de árvores de formatos diversos que povoam este espaço verde e por fim debruçam-se sobre uma flor amarela. Decidem então tirar uma fotografia à volta desta elegante flor, que se encontra perdida no monocromatismo deste jardim pautado por tons verdes e castanhos, e que contrasta com as roupas desportivas dos desconhecidos que a observam.
A passagem de aviões e o seu som ensurdecedor destabiliza a concentração dos jovens que escolhem este solarengo jardim para uma tarde de estudo. São maioritariamente raparigas e vestem roupas semelhantes, provavelmente compradas na mesma loja de roupa. Neste jardim, onde nem o cenário é fixo porque à menor passagem de vento cai uma folha e a realidade altera-se, a passagem de pessoas é constante. Há quem estude, há quem leia, há quem brinque e há quem se limite a observar, como eu.
1 comentário:
keru fugir pa 1 sitio assim!!!! vamos ines, por favorrrrr!!!!!!
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